quarta-feira, 8 de junho de 2011

Muito pouco a declarar.. Instrospecção causada por uma grande interrogação na minha cabecinha de mãe..
Hoje, sem dúvida, essa foi a prioridade do dia.
Vou chegar a uma conclusão e, fofoqueira que sou, venho contar.

terça-feira, 7 de junho de 2011

dos recados que ninguém manda mas que você entende mesmo assim...

Vi na livraria um livro cujo título é "Então você quer ser um escritor?" (de Miguel Sanches Neto). Pensei: até o autor já está ironizando minha condição ridícula de "escritora-a-ser". Penso: me culpo tanto pelo o que não faço, pela minha falta de tempo, pela minha inspiração perdida entre o dever de casa do meu filho e os e-mails do meu trabalho.. O que faço quando ela vem? Como trato a pobre coitada da inspiração quando ela me toma de assalto no meio do dia?

Pois bem, hoje descobri, eu a ignoro. Descobri não, parei de ignorar o fato de que a ignoro pois me parece imbecil demais para assumir que faz parte de mim.

Imbecil, sou. Mudemos, então.

sábado, 7 de maio de 2011

"Certa vez, quando eu tinha 6 anos, vi uma imagem impressionante..."

Quando a gente é pequeno vê o mundo através dos olhos dos outros. Não que não tenhamos nossas próprias percepções de mundo, imagina... Apenas precisamos de uma ajudinha, de alguém dizendo em que direção devemos olhar, em qual ângulo a vida parece mais divertida.
Há 4 meses fui mãe pela segunda vez. E preciso assumir que, desde o nascimento de meu primeiro filho, passei a buscar um entendimento maior do que me fez ser como sou. Não é apenas mais um melodrama pessoal... Passei a tentar entender qual é o papel da mãe (e do pai) na vida da "coisinha-bonitinha-da-mamãe" e, para tamanha audácia, tive que revisitar minha própria vida, refletida nos meus pais.
A partir de então, tentei definir meu objetivo como mãe. Que tipo gostaria de ser? O que me é essencial, com que falhas consigo conviver? Que tipo de homens gostaria que meus filhos se tornassem?
Muitas vezes, ser mãe é algo instintivo. Está lá, acontece, quando você vê... simplesmente é! Mas não acredito que deva ser sempre assim. Como todo o mais na sua vida, quando um objetivo é traçado, ele deve ser claro e, na medida do possível, conter perspectivas reais.
Neste dia das mães, peço mais consciência. Ocupar este cargo exige de nós um sentimento que não cabe dentro do peito, determina uma nova realidade impossível de colocar em palavras e muito menos de racionalizar. Mas o tipo de pessoa que seus filhos irão virar é algo muito real que vai muito além do amor incondicional que você dá a ele. Ame com a tranquilidade de que um olhar de tristeza de seu pimpolho nem sempre significa uma falha sua. Ao contrário, muitas vezes pode ser um grande acerto.
E mesmos as falhas, monstros embaixo da cama, vão fazer parte do que eles irão se tornar.

Penso que criar um filho é uma função a longo prazo e um constante exercício de altruísmo. Não na rotina de abdicar da própria vida em função dos filhos mas na consciência de que eles são pessoas diferentes de nós, que precisarão de tratamento adaptável ao longo dos anos. Andaremos juntos, de mãos dadas de preferência. Mas eles não seguirão nossos passos. Para isso, estamos todas prontas? Isso não é intuitivo...

domingo, 16 de janeiro de 2011

Cerimônia do Adeus

Meu coração chora a ida de minha gatinha doida mas minha consciência grita que vai ser melhor para ela... Afinal, qual é o propósito de se ter um bichinho de estimação se não for para tratá-lo muito bem e dedicar o máximo da sua atenção?
Fiz o que pude pela minha preta. A acolhi quando ela bateu na minha porta e dei muito amor - quase tanto o quanto ela me deu - curti muito ter um bichano pela casa e me desesperei todas as vezes em que fui obrigada a assumir minha incapacidade de cuidar dela.
Mas, me parece que a vida é mesmo assim. Por mais que a gente tente muitas vezes a intenção não faz o bendito do ladrão e a gente é obrigado a entender que não nascemos mesmo para aquilo. Com muita tristeza assumo que não fui totalmente feliz no meu processo "dona de gata" e por isso peço desculpas a ela pela minha incapacidade. Mas o tempo que ela foi minha me fez muito feliz e só posso esperar que ela também o tenha sido.

Tenho certeza de que você vai ficar melhor agora, querida pretinha.

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