sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Dúvidas Kafkanianas às 7 da matina...

Despertador às 6hs desperta tudo o q mais praguejo no final da semana. Levanto, em total silêncio, roupa, muitoo café.
Sala de aula: Kafka! Sério, Kafka! e sua literatura do absurdo sendo questionada. Pq seria absurdo se ele já é parcialmente compreendido? O absurdo não é nada mais que falta de compreensão, correto? Desta forma, ele deixa de ser absurdo pelos teóricos modernos que entendem suas prisões, seus devaneios, sua desconstrução de mundo a partir do seu próprio. Assim, minhas olheiras deixam espaço para mais dúvidas: da clareza se tira o enigma. E o enigma da vida é grande demais para ser desvendado às 7hs da manhã. Mas posso tentar entendê-lo. Posso visitar suas muralhas, compreendê-las talvez, me transpor, quem sabe? Mas assumo total ignorância com a portaria da lei. A metáfora me parece coerente com o autor. Depois de ler um pouco da obra dele enxergo sua temática com uma certa facilidade... Mas, como disse o professor, petulância crer que entende como quem entende uma conta matemática, crer que aquela portaria era apenas para ele por algum motivo óbvio ou metaforicamente fraco.
Não entendi. Foi a hora, foi a complexidade, foi falta de foco, raciocínio... Não sei. Assim como não sei a resposta para as perguntas dele e muito menos para as minhas. Graças a Deus, ahahahha. O mistério continua em minha clara vida...
até =)

Aos colegas, com carinho.

15 agosto 2007

"Oi a todos! Desculpem a demora em aparecer mas só ontem pude tirar o curativo do meu nariz e, antes disso, fiquei isolada e morgada ao extremo.Para quem interessa aí vão detalhes da quebrança do meu nariz:O hospital foi tranquilo... Não vi absolutamente nada pq me deram um comprimido mais amargo que jiló assim q eu me arrumei no quarto, a mando da anestesista. A partir daí, conta a minha mãe, q eu conversei, andei e tudo... mas eu não me lembro da nada. minha única lembrança da cirurgia foi uma imagem de uma parede de luz, que estava com a minha tomografia pendurada, e uma voz feminina falando: "Deu trabalho mas valeu a pena!". Não sei distinguir se isso realmente aconteceu mas é só o que tenho na lembrança. No dia seguinte, de manhã, tive alta, o que me pareceu na hora uma boa notícia pois a médica havia dito que eu só ficaria no hospital se sangrasse muito... qd me olhei no espelho, uma grande surpresa: Nenhum roxo no rosto!!!! Meu nariz estava 4 vezes maior mas só isso!!! E, o mais sinistro: mm com dois tubos de plástico colados no meu nariz, eu já estava respirando melhor do q o habitual... Aí fiquei até animada!!! Achei tudo tão tranquilo e rápido e com resultados assim...Mas, se alegria de pobre já dura pouco imagina de uma pobre tricolor e publicitária... No dia seguinte veio a minha tragédia: Por causa da enorme quantidade de remédios fortes q estou tomando ( a "ferida" no nariz fica aberta então o antibiotico tem q ser super forte ) meu sistema gástrico não respondeu muito bem e fez-se uma afta gigante ( isso mesmo GIGANTE ) na entrada da minha garganta. Ela tem mais de 10cm de diametro e é responsável por uma perda de 4 quilos em menos de 1 semana e uma baita desidratração além de mais 2 visitas as hospital para mais uns furinhos de soro para a minha coleção na mão esquerda...Acreditem se quiser: quebro o meu nariz e meu corpo me responde com uma afta gigante!!!!! inacreditável! Resultado: nenhum remédio de dor controlou então estou tomando um remédio mega sinistro, a base de ópio, que infelizmente, não tem nenhum efeito diferente do alívio parcial da dor. Só pude tirar o curativo do nariz ontem pela manhã. Foi tranquilo, a médica aspirou meu nariz.. me senti um tapete cheio de meleca colada em baixo, sabe??A situação no momento: A afta ainda existe mas o remédio me deixa ao menos ingerir líquido por um canudo e comer comidas sempre pastosas e frias em pedaços tão pequenos que poderiam fazer até o matheus me sacanear. Tô na minha casa, depois de passar 1 semana dando um puta trabalho para a minha mãe e literalmente definhando de saudade do tetheu. Tomo remédio o dia inteiro e, quando não tomo remédio, encho meu nariz de soro fisiológico para eliminar as "crostas" que insistem em interromper minha livre respiração. Saldo da experiência: 1) Meu sistema gástrico é bicha; 2) Minha mãe me ama muito mesmo; 3) Não vivo sem meu filho; 4) viva as drogas e 5) RESPIRAR É BOM PARA *&%#b$!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Um bj a todos, queridos! Tô cheia de saudade e louca para voltar ao batente! isso se o fernando já não descobriu que não precisa mais de mim =( Mamy.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Sentir Saudade

Ainda tenho minhas dúvidas sobre o que é realmente sentir saudade. Esses dias fiquei triste e intitulei minha tristeza de saudade. De quem? meu irmão, claro! Meus pais e o vitoca estavam com ele em Sampa e eu fiquei ligeiramente enciumada. Pensei que ele tá lá há mais de um ano e que nem conheço o apt dele ou qq um dos caras que trabalha com ele e aí fiquei triste. Pensei que qd eu engravidei ele foi a pessoa que mais ficou feliz ( mais até que eu pq ele é "artista com feeling" - palavras dele, eu acho isso brega até hj - e consegue enxergar os problemas terrenos com bem menos força que eu... ) e, hoje, novamente 1 ano depois, ele mal conhece o sobrinho. Pq os problemas terrenos desceram à ele também. E, sei lá se ele sofre mais com isso do que eu, acho q sim, pq, afinal, quem está longe da família é ele e não eu...
Enfim, como dizia, imaginei que isso fosse saudade mas aí escuto bossa nova e os compositores dizem que saudade é maneiro, é sensível e que "há menos peixinhos a nadas no mar do que beijinhos, blablabla" E, pô, não é maneiro!Ao contrário, lógico! quem foi que disse essa merda, mesmo que poeticamente?
Não sei se isso é saudade então ou se eu caí na unanimidade que é burra e não entende a sutileza dos sentimentos. Pode ser que não seja nada disso. Ciúme e revolta por essa merda de emissora ser paulista, ou por eu ser carioca e odiar os paulistas e uma das pessoas que mais amo nesse mundo ter virado um paulista e eu nem saber mais o q é isso... ou quem é ele por lá.
Já não poderia ser mais difícil, né? Sacanagem cósmica. Vida adulta e chata ( ops, redundância! ) para os dois... e longe... para não dar moleza. E aprender que a distância dói, mais do que as contas que eu não paguei esse mês.
É... não é saudade não... é putaria minha mesmo... Viva a bossa nova! =) Até!!

Vida Adulta é o caralho!

Vida adulta é o caralho! Para sobreviver repito essa frase quase que religiosamente. Para manter meus 23 anos no corpo, na mente e na alma. Como é que alguém pode se manter são com o mundo te engolindo, futilmente, todos os dias, todas as horas? Alegria, compromissos, bom humor. Vida adulta é o caralho!

terça-feira, 15 de maio de 2007

Depois de um tempo sem escrever retorno em um momento não muito propício para tal feito. Claro que acabaria abandonando, de certa forma, o blog, pois sou assim: todo e qq projeto muito me empolga no início e não dura muito, tomado pela rotina. Já identifiquei o problema alguma vezes mas não consigo fugir dele. Parece que esqueço das coisas, é realmente estranha a minha falta de disciplina... Esta falha de personalidade ( para mim isso é realmente uma falha ) talvez me prenda em um patamar não muito elevado de vida ou, no mínimo dificulte as coisas para mim ( fato que já ocorre há um certo tempinho... ). Dalai Lama só o era pq era disciplinado, não? E Gandhi?? Nossa, esse aí era a disciplina em pessoa. Nem vou entrar no mérito do Chico xavier pois estou pessoalmente sensível no momento em relação a ele já que estou lendo sua biografia... E, meu Deus, se existiu uma pessoa obstinada nesse mundo, essa foi foi ele. Ou seja, já me conformei com minha total falta de perspectiva de me tornar uma grande líder espiritual ou militante política! ahahahah
Mas, ao que interessa: Meu filhote fez 1 ano. Para vcs é fácil de assimilar isso: mais uma criança faz 1 ano no planeta! Mas, para mim... Não acredito até agora... Quase senti meu nervosismo do parto durante todo o dia de tanto que voltei ao tempo ontem... Lembrei de tudo, de cada detalhe meu, do meu maridinho, meus pais, minha casinha... cada parte, cada lágrima, cada perrengue e cada mísera alegria. Foi o ano mais movimentado da minha vida e, por isso, costumo dizer que envelheci 10 anos em 1 ontem. Para a parte boa e a ruim, claro! Nem tudo são flores, amiguinhos. Mas, meu filho é, definitivamente, a maior benção e, por isso, me sinto a mulher mais abençoada do planeta. Pela oportunidade de crescer como pessoa, como esposa, profissional... Ser mãe é a evolução maior das mulheres. É a maior dor, a maior alegria. É a única forma de ser completa. Por isso e pela beleza de meu filho que agradeço a ele por existir e por ter me escolhido como sua mãe e, claro! por me fazer aprender a envelhecer meu espiríto com alegria. Feliz aniversário, meu filhote. Que Deus te dê sempre a alegria que vc me proporciona.
Até.

segunda-feira, 30 de abril de 2007

Freud para principiantes...

cena 1: hall do elevador:
a mãe: "Ele ficou triste pq estamos indo embora. Acho que ficamos muito grudados com ele esse final de semana"
o pai: "Vc tem medo de se apegar demais a ele"
a mãe: "Só quero criá-lo de forma independente, sem que ele sofra se não estivermos por perto. Não quero que ele chore toda vez que tenho que sair para trabalhar..."
o pai: "o medo é só seu, não dele"

Mas, não sou eu quem tem que sentir os medos por ele????
Os dois lados:

lado 1, sendo mãe: é difícil se apegar ao teu filho qd vc sabe que não pode estar lá sempre. Fácil para ele, fácil para vc. Fácil? Lado 2, sendo o pai: o que se perde é incrivelmente precioso: poucas horas que seja que valem por um dia inteiro. Para vc... e para ele? Lado 1: Como ele fica qd vamos embora? O quanto ele sente falta e até que ponto isso dói mais? Não é certo deixar a criança esperando vc o dia inteiro, por poucas horas de alegria. Criando ele com "afastamento" ele estará mais protegido de tudo. Principalmente das perdas da vida.
perdas... como se perde quando se tenta proteger.

Tá errado mãe... tá errado... curte ao máximo. O resto a gente vê depois... Ser mãe não necessita de tanta pressão, precisa? Da onde vem essa pressão? Interna, de novo. O que não vem de dentro, sr. freud? A causa e o problema, útero e subconsciente. Dentro, dentro, dentro... Hoje, essa é a melhor palavra para resumir o sexo feminino. Até.

domingo, 29 de abril de 2007

O happy hour do japinha

Vendo televisão me admiro com a seguinte pergunta: é possível ser feliz sozinho? As pessoas que responderam ao programa começaram a usar frases do tipo: “nenhum homem é uma ilha”, ou “o ser humano é naturalmente um ser sociável” e blábláblá... Como toda boa mulher me coloquei na situação e visualizei na hora o meu tipo de solidão. Solidão de mulher casada, com filho, rodeada de gente no trabalho, faculdade. Família grande e unida, pais presentes... Que tipo de solidão uma pessoa dessa poderia ter? Se sentir só seria criar motivo para sofrimento? Caímos de novo no velho e bom clichê que fizeram todas as pessoas responderem ao programete: a maior solidão é a de se sentir sozinho no meio de milhares de pessoas. Não, não é o meu caso... não sou incompreendida, não tenho o menor problema de relacionamento com ninguém. Mas, imagine só. Imagine o que é para o japinha que fez aquele massacre na Virgínia ser discriminado, ou, pelo menos, se não excluído pelos outros, ele assim se sentia não? Se a mídia passou um pouco de verdade nessa historia foi isso que captei. Uma síndrome brigdet jones, sei lá. Afinal, oq essas pessoas sentem? É solidão, a palavra? Quanto a mim, estou aprendendo o oposto. A ser sozinha, acompanhada. A curtir a solidão. Ser casada não pode ser sinônimo de ausência de tempo livre, por mais que seja mais difícil alcançá-lo. Olha, confesso que demorei para entender isso. Até sentir falta. E, finalmente, voltar a escrever enquanto meu queridíssmo esposo assiste ao fantástico na sala. Até!

sexta-feira, 27 de abril de 2007

o surgimento da modern...

Não tenho a pretensão de tentar iniciar uma coisa nova em minha vida e afirmar que não vou incluir meu filhote nessa. Tudo bem, a idéia é reafirmar minha identidade, a ricotinha pessoa física e não plural. Mas minha "dupra de dois" hoje, é muito mais do que uma mera parte da minha vida, é parte de mim e parte importante, parte grande e substancial. Ah! e linda! Como é linda essa minha parte!! Mas, voltando, calmamente e criando consciencia de que cada passo tem q ser dado de uma vez, reafirmo, identidade: Muito prazer: Daniela Ricotta, 22 anos, "juntada", 1 filho. Dona de casa, publicitária, graduanda ( em jornalismo!! ). Para quem mora em Itajubá: sim, sou a filha do João Vitor e da Sonia, neta do dono do cinema ( não mais por ignorância coletiva ) e do cara que foi um dos primeiros a ter um carro na cidade ( será que isso é real ou eu que inventei?). Para os fãs do mundo de ricotta: sim, sou irmã dele, mas desiste de ler isso se vc procura o que ele escreve. Alguém sentiu uma crise de identidade? Well, eu sim. E alguma coisa me diz que essa pode ser uma das grandes chaves do meu auto descobrimento(clichêeeeeee). Já que meu plano de saúde resolveu brecar minha terapia ( leiam meus textos pessoas do plano e vcs vão se arrepender de ter feito isso com minha pessoa), que outro jeito eu tenho? Quem sabe quebro meus recalques e desvendo meus buracos de memória em meio de tantas pessoas/peças. Já tô até me sentindo aqueles lindos abajures de vitral... preciso, definitivamente, comprar um desses. até mais.