segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Tristeza não tem fim, felicidade sim

"Espera que eu amoleça diante dessa postura interessante que decidiu adotar, primeiro para seu bem, depois para o meu? Houve um tempo em que eu tinha um pendor para este tipo de jogo (...) Atualmente odeio e desdenho quem, como você, se compraz com suas breves horas de tristeza. O que me desgosta nisso é a comediazinha vergonhosa enraizada num estado físico de torpor que representamos para nós (...) A tristeza anda de mãos dadas com a preguiça (...) Você tem tanto prazer nisso que me escreve quando estou a 500 km de distância, muito provavelmente não no mesmo estado de espírito: "Estou triste". Seria bom contar isso também a Liga das Nações (...) Se, em sua noite melancólica, você fosse serrar lenha, sua tristeza desapareceria em cinco minutos. Vá serrar, mentalmente, é claro. Empertigue-se, pare de representar, ocupe-se, escreva."

Carta de Jean Paul Sartre, aos 21 anos, à Simone de Jollivet quando a mesma lhe escreveu dizendo que se sentia triste. Do livro Tête-a-Tête de Hazel Rowley

3 comentários:

Litza disse...

Minha parte preferida é : "Seria bom contar isso também a Liga das Nações." Hahahaha. Que grande canalha. Lúcido, mas canalha.

Daniela Ricotta disse...

ahahahahah

Daniela Ricotta disse...

Talvez seja esse o charme dele pq como o bichinho era feio, né? Como pegava tanta mulher? inexplicável...